segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Jellystone Park

Em julho, fomos para os Estados Unidos. Não foi uma viagem feliz como todas as outras porque meu pai não estaria lá... mas tivemos nossos momentos alegres. As crianças se divertiram muito nos parques aquáticos próximos à casa da minha irmã, Karla. Era lá que a gente tentava aliviar um pouco do calor gigantesco que fazia.

Na segunda semana de férias, fomos acampar: Karla, Thiago, Vicenzo e Stefano e eu, Pedro, Dudu e Mana. Alugamos uma cabine, para ser mais exata. No acampamento havia um parque aquático incrivelmente delicioso onde as crianças se acabaram de brincar! Enquanto a Mana preferia a piscina com o pai e os chuveirinhos de água menores e mais "delicados", Dudu e os primos se acabavam nos chuveirinhos mais "radicais", digamos assim, e nos escorregas gigantes. Gigantes mesmo! Nem acreditei quando vi o Dudu descendo sozinho o maior deles.

[Aqui deveria haver fotos do lugar. Aguardamos impacientemente que Tia Kaia as envie.]

O parque era o Jellystone Park, do Zé Colméia. As crianças não conhecem a personagem mas gostaram mesmo assim. Tanto que quiseram trazer um Zé Colméia de pelúcia cada um. Nós fomos nesse aqui, mais especificamente. Copiei algumas fotos do site só para ilustrar o post, enquanto esperamos impacientemente as fotos de todo mundo sabem quem...

Estilo da cabine que ficamos

Visão geral do parque, em especial do escorrega gigante!

Delícia!

No dia em que chegamos, depois de arrumarmos as coisas, saímos, Karla e eu, com as crianças para explorar o parque. Já era noite e cada um tinha uma lanterna e pulseiras de néon coloridas no braço. Para sabermos os caminhos por onde deveríamos ir, as crianças tinham que iluminar o mapa com a lanterna. Lógico que isso para elas foi divertido!

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Bolo na caneca!

Daí que eu estava com vontade de fazer um bolo de chocolate com as crianças, daqueles com cobertura e recheio de brigadeiro e uma massa molhadinha... E o que fiz? Joguei no Google! Essa maravilha da modernidade! Poucas coisas na vida moderna são realmente úteis de verdade verdadeira. E por que digo isso? Porque você não só encontra lá tudo o que você quer mas, inclusive, aquilo que você nem sabia que queria e aí descobre que sempre quis! Mais ou menos isso aí.

Digitei "bolo de chocolate" e o que me aparece em primeiro lugar na busca? Um vídeo de um cara ensinando a fazer bolo de chocolate na caneca de microondas! Bolo na caneca E no microondas!!! Assim que li isso meu pensamento óbvio foi: "As crianças vão pirar!". Mas... moça de antigamente que sou, fiquei meio que desconfiada: "Será que isso não é sacanagem... para enganar bobinhos como eu?". Digitei "bolo de chocolate na caneca de microondas" e a quantidade de resultados dissipou qualquer dúvida.

Uma olhada nas receitas dos primeiros resultados mostrou algumas pequenas variações de quantidades de ingredientes. Além disso, algumas incluíam o fermento, outras não. Decidi fazer a do vídeo, porque não podia ter sido por acaso que o primeiro resultado tinha sido justamente aquele vídeo! Foi enviado pelos deuses da internet. Certeza!

Chamei as crianças e perguntei: "Querem fazer um bolo na caneca?". Resposta em uníssono: "Sim!!!", seguido de gritinhos, palminhas e pulinhos. Coloquei os ingredientes na mesa e escolhemos a caneca de cada um. Ops! Não havia manteiga. E o óleo tava ali pra quê? Pois só digo uma coisa: ficou ótimo!

Eu fui colocando os ingredientes nas canequinhas deles e eles iam batendo com um garfinho. No final, precisei dar "aquela" caprichada na mistura pra garantir o trigo todo desfeito lá dentro da massa, mas não tem segredo nenhum. Ao microondas por 3 minutos! Os mais tradicionais, como eu, ficarão incrédulos até retirarem o bolo do microondas e espetarem um garfo para se certificar da consistência e precisarão de experimentar um pedaço para, enfim, respirar aliviados.

As crianças comeram um bocado direto da caneca, usando um garfinho. Deixaram metade da caneca para o outro dia de manhã. No outro dia, me fizeram prometer que faríamos outras vezes aquele bolo e eu prometi com a maior das facilidades porque foi um achado esse bolo! Acompanhe meu raciocínio: nem sempre você tem todos os ingredientes em quantidades ideais para um bolo de forma; nem sempre você tem tempo para esperar um bolo assar no forno; nem sempre você tem idéias originais para dar uma agitada num finzinho de tarde com as crianças; e, até mesmo, nem sempre certas visitas avisam que vão chegar para você ter tempo de preparar algo com antecedência! "De modos" que essa receita é meu curinga.

Tinha combinado com as crianças de fazer um bolo ontem, mas me atrasei no supermercado e na hora de fazer uma sopa. Resultado: ficou tarde e elas precisavam dormir. Não ia dar para fazer bolo. Mas eis que a luz foi feita e eu lembrei do bolo de caneca no microondas. Já não sabia onde estava a receita, mas com uma pesquisada rápida no google é possível achar várias. Copiei rapidinho e segui para a cozinha. Elas ficaram super felizes, fizemos o bolo rapidamente, improvisei alterando um pouco a rotina e resolvi ler uma história com eles antes de escovar os dentes. Assim, quando terminamos a história, o bolo já não estava quente. Eles comeram, escovaram os dentes e foram dormir.

Há relatos na web de bolos que transbordam.
Nunca aconteceu aqui em casa.
Acho que porque não uso fermento.

Ah! No de ontem acrescentei um pouco de ovomaltine pouco antes de colocar no microondas e não mexi muito para tentar manter o crocantinho do ovomaltine e não é que ficou bom!?

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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Corrida

Logo no início das aulas do Dudu, a mãe de um coleguinha enviou e-mail dando conta de uma corrida para crianças que aconteceria em paralelo à corrida de adultos do Pão de Açúcar. Ficamos interessadíssimos. Eu nunca tinha pensado em procurar informações sobre isso e adorei a idéia! Como já escrevi, penso que o esporte é algo que alimenta a alma, forma caráter, orienta, disciplina, é saudável e agrega as pessoas, promove a coletividade (mesmo os ditos "individuais").

Pedro fez as inscrições. Infelizmente, nessa corrida a Manuzinha não pode "correr" porque não havia categoria para a idade dela. Pena. Deixamos o Pedro e o Dudu no local da corrida e fomos passear nós duas. Mais tarde, o Pedro enviou mensagem e fomos buscá-los. Dudu vinha com a medalha no peito, todo feliz, contando como foi.

O Pedro entendeu como funciona a coisa e ficou atento para descobrir outras corridas. Elas têm uma dinâmica muito parecida: há um percurso total, para as crianças mais velhas, e para as menores, as distâncias percorridas nesses circuitos são proporcionais à idade de cada categoria. Até 4 ou 5 anos, geralmente se corre 50 metros, entre 6 e 7, geralmente são 100 metros, e assim por diante. O Duba correu 50 metros nessa. Ao final, ganhou uma medalha (todos ganham).

Na chegada, as crianças inscritas recebem o seu kit: mochila com o número de inscrição e a fita para colocar no sapato que registra o tempo da corrida, suco de caixinha e um bolinho.


Agora ele usa essa mochila para as
aulas de natação na escola

Depois dessa, o Pedro inscreveu as crianças numa outra corrida, no Jockey Clube de São Paulo. Dessa vez a Mana também correu! Na véspera, o Pedro foi por acasou ao site do evento confirmar os horários e descobriu que, ao contrário do informado no momento da inscrição, o kit de cada corredor deveria ser retirado até aquele dia, sexta-feira, às 19 horas numa loja do Shopping Eldorado. Tipo assim: impossível um deslocamento naquele horário até aquela região! Como não tínhamos recebido qualquer comunicado oficial dessa alteração, confiamos no bom senso da organização de manter a entrega do kit uma hora antes da corrida.

No sábado de manhã, nos atrasamos na saída e chegamos bem em cima do horário. Corri até o stand e retirei os kits, sem problemas. Ufa! Já estávamos pensando que haveria confusão. Colocamos as blusas nas crianças, fixei os números de corredores deles na camisa, aplicamos a fita no sapato para medir o tempo, as pulseiras de identificação nos braços (eu com o da mesma cor da Mana e o Pedro com o da mesma cor que o Dudu), tirei algumas fotos para guardar de recordação e seguimos para concentração dos corredores!

A Mana ia correr primeiro um circuito de 50 metros. Antes dela, correram as crianças de 2 anos. Os pais corriam juntos deles, lógico. Quando chegou a vez da Mana, expliquei que ela já era maior e que sabia correr sozinha. Disse que ela poderia ir que eu encontrava ela no final. Ela disse que tudo bem. Eu imaginei que todas as mães fariam o mesmo, afinal, com 3 anos já dá para correr sozinha. Mas todas as outras mães seguiram de mãos dadas com as filhas, mesmo sem necessidade.

A minha Maninha ouviu a contagem regressiva e partiu linda, livre, leve e solta! O mais engraçado é que ela corria e olhava para ela mesma correndo admirando a beleza da sua própria corrida!!!! Deu pra entender?! Foi muito engraçado!!!! Nem consegui filmar direito de tanto que eu ria! Nem percebeu em que posição ela chegou, o que importava era correr como uma diva!

Eu a encontrei ao final, dei um abraço gostoso e beijos muitos!!! Fiquei mesmo muito feliz com a experiência. Seguimos para a saída, onde ela recebeu a medalha, água, suco e bolinho! Coisa mais gostosa.

Depois foi a vez do Dudu. Enquanto ele aguardava sua vez, a Mana ainda brincou um pouco no pula-pula que havia por lá. Quando começou a bateria dos 5 anos, fomos até perto da largada e acenamos para um Dudu sorridente e ansioso. Nos posicionamos mais perto da linha de chegada. O percurso dele tinha 100 metros.

Dada a largada, Dudu correu bastante e empenhado. O Pedro seguiu atrás dele e o encontrou depois da linha de chegada. Mesma coisa: medalha, água, suco, bolo, abraço gostoso e beijos muitos!!! Eu realmente fiquei feliz com a experiência deles.

Essa mochila eles usam para colocar os
acessórios da bicicleta: capacete, luva, joelheira.


Agora é esperar a próxima em novembro! :)

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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Salsichamacarrones

Rotina é algo muito bom para as crianças. Quebrar a rotina de vez em quando também. O primeiro caso exige muita disciplina. O segundo, criatividade! Neste caso, vale, inclusive, se inspirar em outras mães. Foi o caso ontem. Infelizmente, não saberei dizer quem inventou isso porque já vi em tantos sites a idéia que me perdi completamente sobre o autor original - sorry.

A idéia é simples e óbvia, como todas as coisas legais. Salsichas fatiadas, macarrão espaguete "quebrado" ao meio e duas crianças (no caso aqui de casa). A instrução para elas é simples: em cada salsicha, espete 3 macarrões. Achei que 3 era um bom número e combinamos assim, mas pode ser quantos cada mãe/filho(a) achar que está bom.

Faça a primeira e vai lavar sua louça tranquila porque eles vão se encarregar do resto. Eu coloquei as salsichas já fatiadas num pratinho, o macarrão já "partido" em outro e deixei um pratinho vazio para eles irem colocando as "salsichasmacarrones" (que foi como apelidei o prato aqui em casa) prontas. Ah! Antes de tudo, já coloca a água para ferver. Quando as crianças terminarem de preparar, ela já estará fervendo.



- "Mamããããeee! Terminamos!"

Bem na hora que a água estava começando a ferver! ;)

Aí, meu trabalho foi colocar tudo na panela para ferver. Acrescentei mais um pouco de macarrão e alguns minutos depois já estava cozido.

Parênteses: Repare atentamente na foto ao lado as produções da Mana. Mordidinhas nas salsichas e três macarrões espetados juntos no mesmo buraco! rsrsrs

Para finalizar, molho de tomate caseiro envolvendo toda massa e um pouco de sal.

Fica assim:



Gostoso, fácil, rápido, diversão para as crianças! Mas não pode ser rotina... Salsicha só de vez em quando aqui em casa. As crianças sentaram na mesa e comeram com a mão mesmo: seguraram o pedaço da salsicha e comeram com o macarrão que está espetado nela. Já sabendo disso, deixei os guardanapos bem disponíveis sobre a mesa para facilitar a limpeza das mãos, que eu não sou boba. ;)

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Viva São João outra vez!

Quando chega a época das festas juninas, o que eu mais sinto falta é do amendoim cozido que eu sempre comia nessa época quando era pequena. Aqui em São Paulo o povo só conhece a versão torrada e estranham quando eu falo nele cozido, mas é das melhores coisas que há! Abrir a casca, comer o amendoim e depois morder a casca e chupar o caldo salgadinho que fica nela! Hum...

Além das comidas, o grande ponto dessa festa é a caracterização. Eu sigo a minha própria tradição de não cair nos modismos atuais que, na minha opinião, acabam nos afastando do que há de mais típico e genuíno dessa festa. O caipira é uma pessoa simples que não tem dinheiro, nem facilidades de comprar roupa. Daí os remendos que vai fazendo. A imagem dele também está associada a coisas que há muito não estão na moda, por isso, as roupinhas têm um quê de antigamente: babados, rendinha, bolinhas, laços, xadrez, chapéu, lenço no pescoço, vestido armado e por aí vai. Baseada nisso, nunca compro roupinhas para as crianças. Sempre aproveito o que eles já têm e vou dando um jeitinho aqui e outro ali até transformar a roupa numa roupinha caipira.

Dessa vez, peguei um vestidinho da Mana que era feito justamente de diferentes pedaços de pano estampados com as cores azul e amarelo predominantes. Comprei um rendinha para colocar na manga, fitas para fazer lacinhos e colocar na parte de baixo, uma fita mais grossa para servir de faixa na cintura e um veuzinho para fazer de anágua. Costurei tudo à mão mesmo, com linha, agulha e boa vontade. Ficou assim:

Olhando bem, dá pra ver a rendinha na manga do vestido

Como estava um pouco friozinho, coloquei essa blusa de manga bege por baixo e uma meia-calça grossa bege escuro. A faixa na cintura não ficou 100% na foto porque não há produção amadora que resista ao sentar e levantar toda hora. Paciência.

Posso dizer, sem risco de parecer só papo de mãe coruja, que a Mana era a mais linda da festa. Não pelo vestido - embora eu ache que foi o mais bonito :) - mas pela postura durante a apresentação. Ela estava radiante, segura, alegre, feliz! Cantou todas as músicas direitinho, dançou linda e graciosamente, sorrindo! Foi muito especial para mim ver a minha filhota tão livre e espontânea! Felicidade de mãe não é só a dela e não cabe só nela!

O Dubinha também teve festa dele na escola. Muitas e muitas barraquinhas de tudo quanto é coisa! Muitos e muitos brinquedos e, claro, a dança típica. Fomos para o ginásio na hora da apresentação dele e foi uma fofura! A turminha dele não fez a tradicional quadrilha, mas foi uma dancinha linda.

Coloquei uma calça jeans, uma camisa de manga comprida quadriculada e um chapéu do Pedro que ele comprou há muitos anos em Embu das Artes. O Dudu ficou todo feliz de usar o chapéu do pai. No fundo, no fundo, são esses pequenos detalhes que importam na vida de todos nós, não só das crianças.

No mês de maio, ele trouxe para casa um material para a gente fazer juntos uma lanterna para o São João. Nesse dia, eles acenderam as lanternas ao final da apresentação da Educação Infantil do colégio e fomos todos, já a noite caía, andando pela escola iluminados somente por elas e chegamos até uma grande fogueira que esquentou todo mundo.

Pula a fogueira ia iá!

E foi assim nosso São João!

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Judô

 Então o Duba começou a fazer Judô na escola. Coisa fofa! E logo no primeiro semestre foi para sua primeira "competição". Uma escola aqui perto organizou o campeonato para as crianças que nasceram a partir de 2007 e convidou a turminha do colégio dele. Fomos!

Coisa mais fofinha o tatame montado, as placas para as notas e os juízes posicionados. Tudo muito tranquilo, sem pressão de competição. A ênfase era na experiência. Todos os participantes lutaram duas vezes e todos ganharam medalhas. O Dudu ficou super feliz.


 Ele ganhou as duas lutas, mas ninguém ficou preocupado com isso (imagina... eu nem fiquei contando... ;). Foi muito legal gritar o nome dele, vibrar, dar um abraço depois. O esporte é um caminho muito lindo para todo mundo e, sobretudo, para as crianças. É uma vivência muito positiva para a própria formação do caráter das pessoas.

A segunda luta foi muito engraçada porque o Dudu ficava parado, tranquilão e o menininho que lutava com ele era todo afoito, espevitado. Ele vinha pra cima do Dudu todo estabanado e um Dudu pum!, derrubava ele. Ele levantava de novo, vinha todos espevitado outra vez e pum! o Dudu derrubava ele. Foi assim a luta toda! Todo mundo morreu de rir assistindo. E o meu pequeno saiu de lá todo feliz. Não sem antes cantar o hino nacional e receber a medalha!


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domingo, 21 de outubro de 2012

Páscoa 2012

Foi assim que passamos nosso feriado de Páscoa esse ano. Precisávamos sair de cena e descansar.

Juquehy - SP - Brasil

Juquehy - SP - Brasil

Juquehy - SP - Brasil

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sábado, 20 de outubro de 2012

Vida

Em fevereiro, a Avó Amália, vó do Pedro, se foi. Era uma mulher muito forte e de personalidade. Sabia o que queria e dizia. Era muito querida pelo Pedro e para o Pedro. Ficamos muito tristes aqui... O Pedro estava em Nova York e dei a notícia por telefone.

Também falei com as crianças. É o tipo de coisa que elas sempre têm que saber. Disse que a vovó Amália tinha ficado muito dodói e que, como ela estava muito velhinha, os remédios já não puderam fazer com que ela melhorasse e ela morreu. Descobri que é importante dizer essa palavra. Os adultos, em geral, têm medo dela e projetam esse medo na criança, que, pelo contrário, precisa dela para fechar a questão. Se a gente não diz textualmente o que aconteceu, não define a situação geradora de angústia e isso abre espaço para fantasias - elas, sim, perigosas.

A gente não explica nada sobre o antes do nascimento para as crianças e, no entanto, dizemos: fulano nasceu! Mesmo assim as crianças lidam com o nascimento. Só muito mais tarde é que surgem os questionamentos sobre o "nascer", da mesmo forma sobre o "morrer". O "erro", se posso chamar assim, é que o adulto, que quer explicações porque já tem a questão posta, acha que a criança pequena também quer explicações. E ele não as tem para dar. Quem tem?

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E porque nascimento e morte são coisas da vida e porque esse blog é, no fundo, um blog sobre vidas, nesse mesmo post vou registrar a chegada do nosso Francisco, filho mais novo da Tia Susana e do Tio João. Ele nasceu em fevereiro e já está bem grandinho agora. Ainda não o conhecemos pessoalmente, só o Pedro. Achei que ele lembra o Dudu quando bebê, mas as fotos às vezes podem enganar. Tiro a prova pessoalmente!

Como moramos longe dos primos, tios, tias e avós, sempre, em todas as oportunidades, gosto de falar deles para os meus filhos. É uma maneira de mantê-los aqui perto. Depois que eu contei sobre o nascimento do Francisco para as crianças, elas estão sempre lembrando dele.

- "Mamãe, eu tenho agora 5 primos!" - diz o Dudu e a Mana.

E a vida segue.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Só a Mana!

Mana, hoje, na volta da escola: "Mamãe, adivinha quem foi hoje na escola? Vou dar uma dica: começa com R!"

Eu, pensativa: "R?"

Mana: "A Júlia!"

Eu: "Ah... Como eu não pensei nela primeiro?!" (gargalhadas por dentro!)

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Barcelona

Aproveitamos a estadia em Portugal para escapulir até Barcelona sozinhos! As crianças ficaram com os primos na casa dos avós e, segundo relatos, se divertiram muito. Ainda bem que assim ficamos menos preocupados. Ao contrário de muitos pais que relatam se sentirem culpados quando saem sozinhos, não me sinto assim. Fico preocupada se vai ficar tudo bem com eles, sinto saudades, mas culpa, nesse caso, não.

Temos uma vida cotidiana voltada para as crianças, toda nossa programação e nossas atividades são voltadas para elas, finais de semana e feriados, madrugadas, hora de dormir e de acordar, em suma, estamos presentes física e emocionalmente o suficiente para não haver culpas por uma ausência física pontual e necessária (sim! é uma necessidade o tempo para nós dois também, ora bolas!).

Ficamos duas noites lá. Trouxemos um presentinho para cada um na volta: um Smurfete de pelúcia para a Mana e um joguinho eletrônico da Ferrari (em forma de volante de Fórmula 1) para o Dudu. Correu tudo bem. A cidade é linda e muito aprazível.

Casa Batlló, do Gaudí
A Sagrada Família
O estádio do Barça

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A experiência do Kart

Eu fiquei um tanto quanto chocada quando percebi nas minhas pesquisas que não há um único kartódromo no Brasil que tenha um baby kart: kart próprio para crianças com menos de 6 anos. Um país com um histórico tão grande como o nosso em automobilismo, com pilotos de ponta em diferentes categorias ao redor do mundo e, além disso, com um povo com uma paixão tão grande por carros não já poderia ter um simples baby kart?! Minha humilde opinião é de que sim. Mas, enfim. Não há.

Passamos o Natal e Reveillon 2011-2012 em Portugal, com a família do Pedro. Nessa ocasião, minha cunhada descobriu um kartódromo que tinha uma mini-pista para os pequeninos, com os tais baby karts. No dia seguinte ao Natal lá estávamos nós, no Kiro - Kartódromo Internacional da Região Oeste. Os baby karts não tem muita potência e há um controle remoto para contralor o giro do motor, especialmente nas curvas. Foi preciso colocar um adaptador no acelerador e no freio para que o Dudu pudesse pisar fundo neles, até o final. Feito isso, ele calçou as luvas, colocou o capacete e foi embora na pista. Coisa mais linda!!! A Mana ficou morrendo de vontade de ir também, mas entendeu que precisa esperar mais um pouquinho.

O sr. que cuida do circuito, logo depois da primeira volta do Dudu, perguntou se ele já havia andado de kart antes. O Pedro respondeu que só na PlayStation (risos). O sr., então, disse que ele andava muito bem, que fazia o trajeto direitinho e que sabia a velocidade certa para contornar a curva. Não é por nada, mas fiquei especialmente feliz com esse comentário! É que as corridas e os carros são uma grande paixão para o Dudu e ouvir que ele efetivamente sabia fazer a coisa, mesmo sendo tão pequenino, me deixaram felizes por ele... Não faz a menor diferença, nesse momento, o que ele vai fazer com isso no futuro, se é que vai fazer alguma coisa. O que me encantou aqui foi perceber o quão próximo ele estava na prática de um gosto, uma paixão que era só teórica até aquele momento. Veja só que o sr. ainda foi mais longe e disse que "teria todo o gosto de tê-lo na equipe de competições"!!! O Pedro respondeu que nós morávamos no Brasil e ele logo emendou que deveríamos procurar uma equipe aqui para o Duba. Sei não... sei não... dá um medo pensar nisso...  : z

Na hora de parar, passamos por um susto! O sr. sinalizou que o Dudu levasse o kart para os boxes (vê se eu posso?rs). E o Dudu assim fez: saiu da pista em direção aos boxes. Foi indo... foi indo... foi indo... foi indo... e nada de parar! Puft!!! Bateu na parede e só assim parou o carro. Ele saiu assustado (e nós tb) e chorando. Não teve nenhum machucado, mas foi um grande susto para todos! Ele não pisou tudo o que podia no freio, assim, só reduziu um pouco a velocidade - o que não foi suficiente para freiar completamente. Ufa! Paciência. Esses coisas acontecem... daí o "medo de pensar nisso".

Os primos Gonçalo e Guilherme também pilotaram na sequência. O primeiro na mini-pista. O segundo na pista dos "grandes", junto com o pai, tio João. Ficamos assistindo enquanto comíamos salgadinho chips.

Dudu Senna do Brasil!

Voltamos lá no dia seguinte e o Dudu foi correr na pista grande com outro menino que estava por lá treinando para competições. Ele ficou bem acanhado todo o tempo. Devia ainda estar muito forte a lembrança da batida no dia anterior e ele ia bem devagarinho na pista, arrancando com isso um inacreditável "Acelera, filho!!!" da sua mãe aqui.

Ficou a experiência e a oportunidade. Na volta ao Brasil, fomos ainda ao Kartódromo de Interlagos para ver se ele conseguia fazer uma aulas. Até conseguimos, mas o Dudu ainda não se entusiasmou para isso. Deixemos que as coisas corram naturalmente. Essa é sem dúvida uma grande paixão para ele e só ele pode dizer que lugar essa paixão vai ocupar na sua vida. Por enquanto, nos faz acordar até de madrugada para ele assistir os treinos e corridas da Fórmula 1. Sim, senhores! Até os treinos de  madrugada!!!

Ele sabe a posição de todos os pilotos e equipes no campeonato, sabe as posições nos grids de largada e nas chegadas de todas as corridas, conhece todas as pistas, sabe a sequência em que as corridas ocorrem, descreve com minúcias para mim as batidas e ultrapassagens que eu não vi e conversa com o pai sobre tudo isso como "gente grande". Se alguém cai na besteira de ligar logo depois de uma corrida, tem que ouvir todos os comentários dele sobre o assunto, incluindo a posição de chegada de todos os pilotos, como se isso fosse a informação mais importante da face da Terra! E para ele, naquele momento, é! Quem duvida?!

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