Além das comidas, o grande ponto dessa festa é a caracterização. Eu sigo a minha própria tradição de não cair nos modismos atuais que, na minha opinião, acabam nos afastando do que há de mais típico e genuíno dessa festa. O caipira é uma pessoa simples que não tem dinheiro, nem facilidades de comprar roupa. Daí os remendos que vai fazendo. A imagem dele também está associada a coisas que há muito não estão na moda, por isso, as roupinhas têm um quê de antigamente: babados, rendinha, bolinhas, laços, xadrez, chapéu, lenço no pescoço, vestido armado e por aí vai. Baseada nisso, nunca compro roupinhas para as crianças. Sempre aproveito o que eles já têm e vou dando um jeitinho aqui e outro ali até transformar a roupa numa roupinha caipira.
Dessa vez, peguei um vestidinho da Mana que era feito justamente de diferentes pedaços de pano estampados com as cores azul e amarelo predominantes. Comprei um rendinha para colocar na manga, fitas para fazer lacinhos e colocar na parte de baixo, uma fita mais grossa para servir de faixa na cintura e um veuzinho para fazer de anágua. Costurei tudo à mão mesmo, com linha, agulha e boa vontade. Ficou assim:
Olhando bem, dá pra ver a rendinha na manga do vestido |
Como estava um pouco friozinho, coloquei essa blusa de manga bege por baixo e uma meia-calça grossa bege escuro. A faixa na cintura não ficou 100% na foto porque não há produção amadora que resista ao sentar e levantar toda hora. Paciência.
Posso dizer, sem risco de parecer só papo de mãe coruja, que a Mana era a mais linda da festa. Não pelo vestido - embora eu ache que foi o mais bonito :) - mas pela postura durante a apresentação. Ela estava radiante, segura, alegre, feliz! Cantou todas as músicas direitinho, dançou linda e graciosamente, sorrindo! Foi muito especial para mim ver a minha filhota tão livre e espontânea! Felicidade de mãe não é só a dela e não cabe só nela!
O Dubinha também teve festa dele na escola. Muitas e muitas barraquinhas de tudo quanto é coisa! Muitos e muitos brinquedos e, claro, a dança típica. Fomos para o ginásio na hora da apresentação dele e foi uma fofura! A turminha dele não fez a tradicional quadrilha, mas foi uma dancinha linda.
Coloquei uma calça jeans, uma camisa de manga comprida quadriculada e um chapéu do Pedro que ele comprou há muitos anos em Embu das Artes. O Dudu ficou todo feliz de usar o chapéu do pai. No fundo, no fundo, são esses pequenos detalhes que importam na vida de todos nós, não só das crianças.
No mês de maio, ele trouxe para casa um material para a gente fazer juntos uma lanterna para o São João. Nesse dia, eles acenderam as lanternas ao final da apresentação da Educação Infantil do colégio e fomos todos, já a noite caía, andando pela escola iluminados somente por elas e chegamos até uma grande fogueira que esquentou todo mundo.
Pula a fogueira ia iá! |
E foi assim nosso São João!
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