domingo, 17 de julho de 2011

Corte de cabelo

Na véspera do aniversário de 2 anos da Mana, fomos cortar o cabelo: o dela, o meu, e o do Dudu. Já faz um tempo que eu estou dizendo pra ela que iríamos fazer isso. Preparando o terreno... amaciando a fera... Achei mesmo que ela não fosse deixar, embora sempre concordasse em cortar, porque toda mãe sabe que na prática a teoria é outra.

Chegamos e o Dudu cortou primeiro. Depois, ela pediu para cortar na cadeira de espera onde estava sentada. O cabeleireiro, gentilmente, atendeu o pedido. Coisa mais linda a Maninha quietinha, sentadinha. Só se via os olhinhos dela olhando pra baixo, onde caíam seus cachinhos.

A primeira vez que o Dudu cortou foi a mesma coisa. Fui conversando, dizendo que íamos cortar e no dia ele se comportou lindamente. Só não tinha era muito cabelo para cortar... ;)

À esquerda: Mana
À direita: Dudu

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Remédio da Mana

Cena 1. Tomada 1.

Local: sala de casa.

Dudu deitado no sofá chorando com dor de barriga. Eu fazendo massagem na barrigada dele devagarinho. Não passava a dor de jeito nenhum. Um choramingo só.

A Mana chega de mansinho, vê o Dudu chorando deitado e fala com a calma e a serenidade dos seus 2 anos completos:

"Vai tê que í pa o hopital".

Dudu:

"Ã?!" - o choro diminui consideravelmente.

Mana repete no mesmo tom de voz:

"Vai tê que í pa o hopital".

Dudu pára de chorar, vira para o lado e continua assistindo TV como se nada tivesse acontecido.

Fim de cena. Corta!

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mana

Escrevi o texto abaixo pouco tempo depois da Mana nascer. Era um registro desse momento tão único na vida de uma mãe. Embora saiba que o registro afetivo nunca vai se apagar aqui dentro de mim, não custa nada registrar a sucessão de acontecimentos. Para mim e para eles, meus filhos.

Publico esse texto hoje porque minha gatinha completa 2 anos. A minha querida Manuela, de olhar atento, minha menina passional e intensa, forte, inteligente, que não finge o que sente, que diz, que faz e que sabe-de-TUDO-o-que-se-passa-a-sua-volta.

Porque te amo, filha.

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Segunda-feira, 13 de julho de 2009, 20:28hs: ela está no meio de nós!

Foi lindo como deveria mesmo ser! Ela é linda, como eu sabia que seria! Minha espera interminável foi recompensada com dois olhinhos muito vivos, mãozinhas que não paravam de mexer e um chorinho discreto mas que anunciava que a felicidade estava no ar!

Tinha acabado de chegar de uma consulta de rotina para monitorar batimentos cardíacos do bebê e contrações. Estava com 2 centímetros de dilatação. Uma amiga estava em minha casa para colocarmos o papo em dia e eu sentindo pequenas contrações no pé da barriga e nas costas. Há uma semana e meia passei a noite no hospital porque estava com muita tosse, o que acabou estimulando contrações. Fiquei internada naquela noite somente porque estava muito gripada e a médica e enfermeira obstetriz acharam mais prudente que eu ficasse em repouso. Mas dessa vez, embora não estivesse preocupada, achei e comentei com a amiga que poderia ser naquela noite... Mas nunca imaginei que fosse tão rápido!

Eram seis e pouco da tarde quando resolvi ligar para a enfermeira obstetriz para falar sobre a dorzinha incômoda. Ela achou melhor que eu tomasse um banho de banheira de meia hora com água bem quentinha, já que as contrações não eram na barriga toda. Pedi licença para minha amiga, enchi a banheira e deitei... A primeira sensação foi de alívio total da coluna. Meio segundo depois, dores fortes na barriga. Barriga ficando dura. Não dava mais para permanecer na banheira tamanha eram as dores! Saí de lá e liguei para a enfermeira novamente:

Eu: Não consigo ficar na banheira! Mal deitei na banheira, veio uma dor tão forte... Aaaaaaaahhhhhh!!!! Tá vindo outraaaaaaaaaaa!
Ela: Karol, vai AGORA para o hospital. Seu primeiro filho nasceu muito rápido... vai AGORA. Vou ligar para o hospital e avisar a equipe médica.

Liguei para o Pedro:

Eu: Vem AGORA. Vai nascer!

Uma eternidade depois (ou 8 minutos depois) o Pedro chegou. As dores estava muito intensas. Fomos para o carro rapidamente e no trajeto até o hospital pegamos todos os sinais fechados! Muito trânsito, mas pelo menos andava. Meu marido com pisca-alerta ligado e buzinando não conseguia amolecer o coração de nenhum carro a nossa frente. Ninguém se manifestava. Ainda bem que era um caso de vida. Se fosse um caso de morte....

Nem posso imaginar o que passei naqueles minutos até o hospital dentro daquele carro. A dor vinha muito forte e eu sentia a bebê empurrando a cabeça. O Pedro sempre tentando me acalmar, conversando. Lembro que ele me perguntou várias vezes qual era a entrada da maternidade. Na quinta vez que ele perguntou, eu respondi: "Pára de perguntar isso. Não consigo responder com tanta dor!". Lá foi ele inventar outras coisas para ir falando na vã tentativa de me distrair - como se isso fosse possível! Há duas quadras do Einstein eu falei: "Vai nascer no carro". Foi a senha para o Pedro se desesperar: "Não fala uma coisa dessas. Já estamos chegando!". E até chegarmos ao hospital ele só repetia isso: "Já estamos chegando. Pronto, fizemos a curva. Já estamos chegando. Estamos no meio da quadra. Já estamos chegando. Falta pouco para a entrada da maternidade do hospital" - e assim por diante.

Quando chegamos finalmente ao hospital, tudo foi muito rápido. Me levaram até o centro obstétrico (caminho que eu já conhecia) e lá chegando já havia uma equipe me esperando. Anestesista inclusive, para minha sorte. A enfermeira avaliou a dilatação: 8 centímetros. 8 centímetros!!! Estava quase lá.

Não sei como consegui me posicionar para a anestesia... Mas lá foi ela. Um brinde ao inventor da anestesia!!!! Lembremos inclusive daqueles pioneiros bem intencionados que davam bebida alcólica para os pacientes que seriam operados ou teriam um dente arrancado. Graças a eles eu pude chegar ao nirvana mesmo estando com dores de 8 centímetros de dilatação!

Depois ficamos numa conversa trivial: eu, meu marido, a enfermeira, o anestesista... Comentei o quanto tinha sido rápido o meu primeiro parto. Depois de tomada a anestesia, tive 6 centímetros de dilatação em 1 hora. A enfermeira ouviu aquilo e discretamente avaliou a dilatação. Silêncio. Ela pega o telefone e liga para a médica num diálogo monossilábico. Eu já tinha entendido: estava na hora.

Fui levada imediatamente para a sala de parto. Enquanto me posicionava, minha médica chegou brincando que da próxima vez teria que alugar um helicóptero. Pausa para esperar a chegada do pediatra e da equipe de vídeo. Eles chegaram. Fiz força: uma... duas... três... Nasceu! Ouvi o seu chorinho e já pude sentir sua carinha. Depois ela foi colocada nos meus braços. Que momento lindo, mágico e especial. Naquele momento, só existe você e ela! Só.

Ao contrário do irmão, tinha cabelos! E pretos. Bem pretinhos. Mas assim como o irmão, tem o mesmo olho vivo. Era grande: 3,390 quilos e 51 centímetros. Apgar 9 e 10. E é minha! Um pedaço de mim, do meu coração, nos meus braços.

Inventado

Teatro Paulo Eiró,
momentos antes do início
do espetáculo
Não faço a menor idéia de como o papelzinho com informações sobre esse espetáculo chegou até as minhas mãos. Só sei que pensei que poderia ser legal experimentar. Fomos no domingo.

Experimentar mesmo porque não sabíamos a faixa etária recomendada para o espetáculo, nunca tínhamos ido ao Teatro Paulo Eiró e nem conhecíamos a Cia da Joaquina, que inventou o espetáculo chamado Inventado. E foi legal perceber que o espetáculo tem a ver de certa forma com isso: experimentar.

A peça é feita a partir de três itens que o público responde na chegada: um medo, um sonho e uma aventura. Depois, os atores sorteiam os temas e encenam o que estiver escrito, de improviso, experimentando. Talvez seja melhor experimentar ir para entender! ;)

Quando começou a peça eu achei que a Mana, com quase 2 anos (faz 2 daqui a pouco!) e o Dudu, com quase 4 anos e meio, não fossem aguentar muito tempo, mas eu me enganei porque eles também quiseram experimentar. Ficaram o tempo todo no nosso colo atentos a tudo.

É um espetáculo despretencioso, leve, divertido. O Pedro e eu demos boas risadas! Os atores são ligeiros e bem entrosados. E dá vontade de voltar outro dia para saber o que será que eles vão ter que encenar, a pedido do público, nas próximas sessões. Tipo assim: quer ter uma hora agradável no fim de tarde? Vai lá.

Medidor do grau de satisfação dos meus filhos com a peça: no dia seguinte, na hora do jantar, eles estavam morrendo de rir fazendo a mesma careta que a atriz da peça fez quando teve que representar o Frankenstein. Precisa falar mais alguma coisa?

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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pracinha

Tem feito muito frio em São Paulo. Muito. Muito. Eu já disse que está fazendo muito frio em São Paulo? Bom, nesse cenário, o sol dos últimos dias tem sido um grande aliado. E aliados são sempre importantes. Por isso, no sábado aproveitei para ir até o parquinho da pracinha do bairro com eles.

Não é um lugar que eu os leve sempre porque temos uma bela área de lazer no prédio. Aliás, quando decidimos morar aqui ainda nem tínhamos filhos mas sabíamos que era isso que gostaríamos de proporcionar para eles: área verde, sossego e espaço para correr! Hoje, eles podem desfrutar livremente dessa área e podemos nos dar ao luxo de dispensar as idas frequentes à pracinha. Além disso, meu receio quanto ao acesso de gatos e cães à areia do parquinho da pracinha comprometem minha assiduidade.

Mas, enfim, fomos lá no sábado de manhã. Eles adoraram a idéia. Como era perto da hora do almoço já fui logo me precavendo na chegada e dizendo que quando eu dissesse que era para ir embora, era para irmos embora. "Entenderam?". "Sim" - eles respondem tudo o que a gente quer nessa hora...rs

Correram para o escorrega, depois para a gangorra (cada um de um lado). No carrinho de madeira eles se revezaram ao volante: primeiro a Mana me levou para a padaria e para o supermercado; depois o Dudu me levou para a farmácia e para a sapataria. Engraçado era ouvir o Dudu desesperado mandando a Mana virar à esquerda e ela virando para a direita...

Carrinho de madeira

Tem mais um monte de brinquedos que eu não sei o nome e nem estou conseguindo inventar agora para ilustrar esse post. Já era meio-dia e meia quando avisei que deveríamos ir. O Dudu, mais crescidinho, entendeu logo e veio comigo. A Mana... Ah! A Mana ainda vai demorar um pouquinho para entender (como foi com o Dudu)... Só veio porque viu o Dudu pedindo picolé e quis um também.

Picolé?! Pois veja só que belo sol que fez! Eu me rendi e comprei um para cada um, com a condição de que só os abriríamos depois do almoço (mãe também tem os seus truques!). O Dudu novamente já entendeu, mas a Mana... Ah! A Mana... Mas eu consegui convencê-la! Quando estamos muito convictas do que fazer e temos tempo e paciência para explicar aos filhos, eles entendem (ou se conformam). O problema é que nem sempre esses três fatores aparecem assim juntinhos e em harmonia!

O outro lado do parquinho

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domingo, 10 de julho de 2011

Tum Pá

Nós queríamos ter ido a esse espetáculo no fim de semana passado, mas não havia mais ingressos. Por sorte, ainda havia ingressos para ontem (porque a gente viaja semana que vem e não poderíamos ir em outro dia). Já até me imagino recomendando o espetáculo Tum Pá para todas as minhas amigas com filhos (de toda e qualquer idade). Realmente vale a pena. Foi uma belíssima experiência para a gente!

O palco, momentos antes
do início do show
É um espetáculo de música produzida a partir do próprio corpo dos músicos. Barulhos com a boca, palmas, batidas na perna e no peito, estalos com os dedos, vocalizações, batidas com o pé: tudo em harmonia para produzir uma música original e que chama a atenção das crianças de todas as idades. Não há nada exagerado. Pelo contrário, é um show simples, só os atores no palco. Numa época de utilização de tantos recursos tecnológicos, talvez por isso, Tum Pá seja tão cativante!

Eles estão em cartaz na Tucarena (teatro Tuca da PUC-SP), o que favorece mais ainda o espetáculo. Acho que se fosse um teatro normal, com o palco de um lado e público do outro, a interação com o público não seria tão grande. Além disso, as dimensões da arena tornam o contato ainda mais íntimo. A gente se sente mesmo fazendo parte do espetáculo (como muitas vezes é incitado a fazer pelos músicos). 
Visão dos nossos lugares, na
penúltima fila

Eu observei a presença de muitas crianças bem novinhas, bebês mesmo. E não ouvi choro de ninguém. Todas prestando muita atenção, vidradas! Com os meus não poderia ser diferente, embora o Dudu tenha se entediado um pouco no final. Mas a Mana... passou o espetáculo inteiro batendo palmas, estalando os dedos, batendo na perna, no peito, fazendo barulhos com a boca, tudo o que os músicos faziam! A coisa mais linda. Os olhinhos dela brilhavam quando os músicos convidavam a platéia a acompanhá-los.

Fiquei especialmente feliz por termos ido a esse show e ter proporcionado essa experiência aos meus filhos! Quando nós saímos do teatro e fomos em direção ao carro (há duas quadras dali), a Mana espontaneamente disse: "Mamãe, eu gostei do teatro!". Meu sorriso foi de uma orelha a outra! Na hora do bis, as crianças entraram no palco e puderam dançar/tocar com os músicos. Ela não teve descaramento para ir sozinha, mas percebi que estava com vontade. Então fui com ela e fiquei abaixada na bordinha do palco.

A lua, pelo meu celular.
Foi a resolução possível :(

Quando estávamos chegando ao carro, o Dudu viu a lua no céu e ficou muito feliz porque ainda era dia. A Mana achou engraçado e me perguntou porque ela estava no céu. "Porque lá é a casinha dela", respondi. Ela ficou em silêncio por um tempinho, depois falou:

"A lua está voando lá no céu".

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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Chantagista mirim

No quarto.
- "Mana, vem tomar banho".
- "Mamãe, vou deixar o livro aqui. Não mexe nele, se não eu choro".

Na sala.
- "Mana, seu pai está te chamando".
- "Eu vou deixar minha pintura aqui. Não mexe nela, se não eu choro".

Na cozinha.
- "Mana, deixa o Sansão (bichinho de pelúcia) na sala. Ele pode se sujar com o macarrão se ficar em cima da mesa".
- "Dudu, eu vou deixar o Sansão aqui. Não mexe nele, se não eu choro".

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Literatura para iniciantes

Só há uma certeza nessa vida: a de que meus filhos vão querer ler uma história antes de dormir. Não importa o quão tarde seja, não importa o quão cansados o Pedro e eu estejamos, não importa o quanto eles estejam cansados: teremos leitura! Tipo assim... eles não dormem sem. E eu posso reclamar disso?

Machado de Assis para a
hora do banho... rs
A gente sempre procurou (e procura) estimular a leitura aqui em casa. Compramos livrinhos para quando eram bebês, livros de borracha, de pano e até de plástico para a hora do banho - como esse da foto ao lado.

Tem livro de bichos, de carros, de frutas, de objetos de casa, de planetas, de lugares, de situações, de profissões, de contos, de fábulas, de contos de fadas, de rimas e até um livro que vem com um CD para cantar a história! E a gente se acaba de cantar!


Livro para explorar!

Não posso esquecer dos livros com texturas. Facilita o contato com o livro e estimula a exploração de toda a página, de todo o desenho. Os que trazem o pelo macio do gato, a pena do passarinho e uma borracha que imita a "pele" do golfinho, por exemplo, são bem conhecidos e eles ficam muito atentos para descobrir onde estão as texturas. Uma versão mais avançada desse modelo de livro é este da foto ao lado em que é possível fazer coisas como abrir e fechar um zíper (capa), treinar o laço na fita ao redor do pescoço do cão, abrir e fechar o velcro do tênis.

Junto com tudo isso tem o fato da gente sempre ler os livros com eles. É uma atividade que a gente faz junto. Além disso, nós também temos os nossos livros e ver que a gente também lê é importante para eles e favorece o interesse pela leitura.

Eu me sinto muito feliz cada vez que percebo que eles já têm suas, digamos, preferências literárias (que vão mudar muito ainda ao longo da vida. espero!). No caso da Mana, levando-se em consideração seu 1 ano e 11 meses, o que faz mais sucesso são as histórias curtas, que tenham alguma personagem "mamãe" (por que será?) e com muitas figuras!

Esse foi um dos primeiros
livros do Dudu
O Dudu já "aguenta" histórias mais longas e gosta das que têm muitas reviravoltas, mas tudo começou com as mesmas histórias curtas e cheias de figuras que a Mana gosta agora. Na verdade, os primeiros livros deles eram basicamente livros de imagem. Eu gostava de dar nomes às figuras, mostrar os detalhes do desenho, dizer para que servia e depois tentava achar o objeto real para que eles pudessem associar o que viam no livro com o que viviam. Nunca me limitei a pensar que eles "não conseguiam entender ainda". Uma criança sempre está apta a entender tudo o que lhe dizem - nós, adultos, é que nem sempre estamos preparados para aceitar que ela não necessariamente vai entender da maneira que gostaríamos. Talvez essa nossa disposição seja um dos motivos para o extenso vocabulário que os dois sempre apresentaram, desde muito pequeninos.

Esse foi um dos primeiros
livros da Mana
Depois, aos pouquinhos, fui passando para livros com histórias mesmo. Curtas, objetivas, sem muitos "poréns". Aliás, num primeiro momento, nem essas histórias eu lia de verdade. Ia descrevendo o que estávamos vendo na página. Até os dois anos o que vale é conseguir prender a atenção da criança ao livro. Depois, aos poucos, eu já ia conseguindo contar a história como ela realmente era. A Mana está nessa fase e é por isso que quando o Pedro viaja e eu estou sozinha para ler para os dois, a coisa fica um tanto quanto difícil por aqui. O Dudu escolhe uma história longa e a Mana não tem paciência de esperar nem pela primeira página.

Nesses momentos, acho importante insistir, negociar (um dia leio a história de um, no outro a história do outro; primeiro para um, depois para o outro etc), porque é dessa forma que ela vai se inserindo no universo da leitura de verdade e praticando a difícil arte da concentração (principalmente aos dois anos!). Ou todo mundo acha que ler é somente um prazer?! Eu acredito que a leitura também é feita de momentos difíceis - às vezes estamos com sono, mas precisamos terminar um capítulo; atravessamos um capítulo chato num livro interessante que custa a dar lugar ao capítulo seguinte; e por aí vai.

Livros preferidos da Mana.
O da esquerda já foi o preferido do Dudu tb

Essa coleção da foto acima é de uma menina chamada Elisa (presente da Vovó 'Delaide). Por isso, a Mana os batizou de "livros da menina". Cada livro da coleção tem um tema. O da esquerda fala do cotidiano da "menina" e mostra, em cada página, uma imagem gigante com detalhes das ações que ela executa durante o dia (acorda, toma café, escova os dentes, vai para a escola etc). Nós lemos - descrevemos as cenas - muito ele quando a Mana entrou na escola no início do ano, porque a Elisa também vai para a escola e a mamãe vai buscá-la no final da aula. O Dudu já o leu muito também.

O livro da direita é mais recente (da época da Mana) e mostra várias lojas, repartições e atividades/eventos de uma cidade. Também vou descrevendo o que vemos nas imagens e lembrando a Mana do que a gente também vê na nossa cidade real (o supermercado do livro é como o supermercado que a gente vai, por exemplo. vou lembrando das nossas idas ao supermercado, do que a gente encontra por lá e apontando no livro a imagem correspondente).

Uma pequena mostra do que temos
de Esconde-e-Acha...
Outro tipo de livro que os encanta é de "Esconde e acha". Muitas vezes eles disputam para ver quem acha o objeto primeiro na página. Para o Dudu temos que comprar versões mais sofisticadas, mas a Mana não fica para trás em rapidez e atenção, embora seja uma avaliação proporcional à idade dela.

Não vou me prolongar muito nesse tema aqui, porque acho que ele vale um post próprio, mas uma das leituras mais importantes para a criança são os contos de fadas. Em suas versões mais originais, digamos. Tenho um livro com a versão dos Irmãos Grimm que foi o melhor que pude encontrar nesse sentido. Eles demonstram muito interesse por essas histórias, mesmo a Mana que é tão pequenina. Mas falo sobre isso outro dia.

De fato, comprar livros é uma atividade natural pra gente. Há livros por toda a parte da casa! Os livros deles também ocupam muito espaço na prateleira, com igual importância e organização. Nos preocupamos em deixar nas prateleiras mais baixas para que eles tenham acesso sem precisar da ajuda de ninguém. Quando querem, eles se servem sozinhos. Hoje, em vários momentos do dia eles vão sozinhos escolher um livro e passam algum tempo "lendo". Eu acho tão lindo ouví-los contar as mesmas histórias que contamos para eles a partir do que eles assimilaram!

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Para aquecer o inverno!

Na Páscoa, a escola fez algumas atividades para as crianças para que depois elas pudessem trazer pra casa. O Dudu fez essa árvore de ovos linda e a Mana essa guirlanda de ovos. O mais lindo é que foram eles mesmos que pintaram os ovinhos e foram ajudando a colocar na árvore (no caso do Dudu) e na fita (no caso da Mana).

Obviamente que eu coloquei a árvore em local de destaque na sala e a guirlanda na porta de entrada.
Sempre que a gente chegava em casa, a Maninha comentava alguma coisa sobre a guirlanda dela e o Dudu se apressava em falar da árvore dele. Como já escrevi aqui, acho importante expor os trabalhos deles pela casa. Pode parecer que eles nem reparam, mas de vez em quando eles fazem comentários sobre as obras e isso demonstra o quanto eles ficam felizes quando a gente valoriza o que eles são capazes de fazer.

Bem, o caso é que essa guirlanda estava pendurada na porta até agora e eu achei que já era hora... Na verdade, eu queria ter feito com eles uma nova guirlanda com motivos juninos mas não tive tempo, nem inspiração. Ontem eles não foram para a escola e o almoço ainda ia demorar um pouquinho para ficar pronto. Como eles estavam meio impacientes, revolvi começar uma atividade que é a que mais prende a atenção deles: pintura! Eles são capazes de ficar muito tempo envolvidos de verdade com esse processo. Talvez porque eu realmente não me importe com a sujeira que eles fazem e, assim, eles se sintam livres para se entregarem à arte.

Estendi uma toalha sobre a mesa de centro da sala e abri a tinta amarela. Resolvi que a gente ia fazer um sol para esquentar a casa nesse frio tão grande que tem feito aqui. Peguei 12 pregadores e pedi que eles pintassem todos de amarelo. À medida que eles iam pintando eu ia fazendo um acabamentozinho básico em cada pregador. Depois, recortei um círculo num pedaço de papelão que tinha aqui e eles o pintaram de amarelo também. Coloquei os pregadores em volta. Por fim, tinta vermelha nuns botões que estavam dando sopa (sabe aquele kit costura dos hotéis? então...) colados no círculo para fazerem as vezes de olhos e boca e...

"Eu só quero que você, me aqueça nesse inverno!"

Penduramos na porta, lavamos as mãos com água quentinha pra sair mais fácil a tinta e fomos almoçar!

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