Falei aqui do quanto procurava por espetáculos de dança para as crianças e do quanto fiquei feliz quando, enfim, encontrei. Pois não é que de repente apareceram outros?! É lógico que nós fomos. No mês de maio, o Sesc Santo Amaro trouxe um espetáculo de dança para crianças em cada domingo. Fomos em 3, mas não pudemos ir em um - mas ainda vou pesquisar para saber onde haverá apresentação desse espetáculo "faltante", porque, pelas imagens no folder de divulgação, fiquei interessada.
No primeiro espetáculo, havia duas dançarinas e um dançarino. Foi algo completamente diferente do que a Mana já tinha visto em teatro porque o cenário não tinha cores bonitinhas nem nada de muito infantil. A própria coreografia não era, digamos, "infantilizada". Cheguei mesmo a pensar que ela fosse pedir para ir embora. Mas que nada! Não só prestou atenção, como imitou os movimentos dos dançarinos lindamente e com uma precisão surpreendente para a idade (3 anos) no palco, quando o espetáculo tinha terminado.
No domingo seguinte, fomos junto com o Dudu e o pai, que faltaram o anterior por terem ido ver a final do Santos com o Corinthians, em Santos (assunto para outro post). Foi um espetáculo gracinha! Contava a infância de Tarsila do Amaral e elas ficaram íntimas do Abaporu!
Ele já era um espetáculo com elementos mais infantis no cenário e nas cores. Digo isso só por registro, porque acho interessante as duas maneiras de se trabalhar espetáculos de dança para crianças. Tanto num quanto noutro há risco de errar a mão, mas não foi o caso em nenhum dos dois.
Entretanto, sobre o quarto e último não posso dizer o mesmo... Que fiasco! Fui somente com a Mana novamente porque o Du e o pai ficaram em casa assistindo ao jogo do Brasil. Chamamos uma amiguinha dela com a mãe e elas estavam empolgadas. Na primeira cena eu já senti que aquilo era roubada. :( Fiquei me perguntando como aquela seleção de espetáculo havia sido feita pelo Sesc... Nota zero em todos os quesitos. Um cenário que nem pode assim ser considerado... um roteiro paupérrimo, sem nexo, sem coesão, sem a menor estruturação (e, veja bem, não quero dizer pré-definido; há que haver estruturação até num texto improvisado!)... seleção musical sem critério, cenas mal formuladas... e para completar, NÃO era um espetáculo musical. Eram dois atores - mais perto disso - que ocuparam o palco por uma hora interagindo com o público, fingindo que estavam apresentando um espetáculo e o público fingindo que estavam assistindo a um. Sofrível, realmente. Para se ter uma idéia do quanto, eu até saí do teatro pensando que, afinal, talvez eu não me saísse tão mal se tentasse montar um espetáculo... Como disse a mãe da amiguinha da Mana, a título de consolo para nós, "é bom conhecer o ruim para valorizar o bom".
Bem, como disse, ficou faltando o terceiro, que fala de Samba. As fotos do espetáculo são bem convidativas. Deixa passar esse período de festa junina, que ocupa todo final de semana, que vou procurar melhor por outras apresentações dele.
Assim terminou o circuito de dança de Maio. Ficou a minha certeza maior de que devo colocar a Mana em aulas de dança futuramente. Ela sempre demonstrou interesse e talento para a coisa. Tem muito flexibilidade e força, além de movimentos graciosos e leves. Acho que bastante do que uma dançarina precisa! A primeira professora da escola dela era bailarina e desde o primeiro dia de aula (Mana com um ano e meio!) já veio me dizer que eu deveria colocar a Mana no balé, justamente por ter notado essas características (especialmente flexibilidade) nela. Sempre falou de como os movimentos dela são naturalmente propícios para o balé (o jeito com que ele pisa, primeiro a ponta depois o calcanhar etc).
Numa festa de uma amiguinha, as crianças estavam dançando soltas músicas infantis e um pai - veja bem, um homem - veio me perguntar se a Mana fazia balé. Quando eu disse que não ainda, ele respondeu que eu deveria investir porque ela tinha movimentos muito bonitos e que quando as crianças pulavam, a Mana parecia até que ficava mais tempo que as outras crianças no ar!!! E eu também fiquei um pouquinho suspensa no ar nessa hora... :)
Seguindo a recomendação de uma amiga professora de Educação Física e também da primeira professora, que é bailarina, não vou antecipar as coisas. Vou procurar só no próximo ano as aulas de balé. Entretanto, me interessa muito colocá-la para fazer outros estilos de dança. As pessoas focam muito no balé e não exploram tantas possibilidades existentes. Tenho certeza de que será produtivo e prazeroso para a Mana experimentar tudo o que for possível.
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