terça-feira, 16 de abril de 2013

Leonardo da Vinci criança

Domingo passado fomos à Biblioteca Pública Viriato Corrêa. Vi que ia ter uma peça para crianças contando a infância do Leonardo da Vinci. Lóóóóóóógico que marcamos presença!

Eu pensei que iriam distribuir ingressos uma hora antes (dado que era gratuito) e, por isso, chegamos com mais de uma hora de antecedência. Bem, não era o caso para tanto. Eles não distribuem ingresso e a procura não é tanta que haja falta de lugares. Na verdade, tristemente, sobraram muitos. Falta ao paulistano, em geral, um espírito mais curioso no que se refere às opções culturais da cidade, acho eu. Tantos espaços públicos ou mesmo outros com preços super acessíveis quase sempre com público aquém de sua capacidade. Quando falo com algumas pessoas dessas peças que assisto em bibliotecas públicas, CEUs, SESCs etc, todos ficam espantados. Peças de excelente qualidade que não deixam nada a desejar a tantos espetáculos caríssimos em teatros conceituados, grifados com 5 estrelas em revistas que se dizem entendidas, mas com roteiro, atores, direção e qualidade muito aquém desse valor (do ingresso e das estrelas).

Um exemplo disso é a peça "A História do Incrível Peixe Orelha", que vimos no Teatro das Artes no final de março: super bem avaliado em revistas, críticas maravilhosas, prêmios e mais prêmios. E o que eu vi? Um lindo figurino. Lindo mesmo. Usaram objetos do cotidiano para recriar animais marinhos, não se preocupando com uma representação literal deles. Saíram do óbvio. Mas foi só. Tivemos que enfrentar problemas com os microfones, atores que gritavam em vez de cantar fazendo com que não entendêssemos uma palavra do que era cantado na maior parte do espetáculo, roteiro e história pobres, sem coesão nem consistência, que fingem passar uma mensagem de sustentabilidade e nós, espectadores, depois de termos comprado essa idéia no resumo e nas críticas do espetáculo, saímos de lá fingindo que acreditamos que houve alguma mensagem desse tipo. Aliás, fingimos que o espetáculo teve alguma coerência. Essa mesma opinião foi compartilhada por todas as pessoas que estavam próximas a mim e com quem pude conversar. Mas, enfim. Fico me convencendo que valeu pelo figurino.

Voltando ao "Leo, o menino inventor: a infância de Leonardo da Vinci", posso dizer que é uma peça simples - cenário composto por alguns objetos e atores que têm como figurino uma boina (acho que é esse o nome do chapéu que o Leonardo da Vinci utilizava) e um cachecol (do avô do Leonardo) - e, talvez por isso, gracioso! Texto mais narrativo e curto. Sem grandes pretensões. Só quer falar para as crianças um pouco do grande gênio da Renascença. E assim faz. Com graça e leveza. Os atores são muito simpáticos e estabelecem uma ligação bem próxima com a platéia. Minhas crianças prestaram atenção em tudo e até agora estamos repetindo: "Caspitoleta!"(frase que o avô do Leonardo sempre repetia).

Impresso desse site com
 informações sobre peça

Dá para ver um trechinho da peça num vídeo no site da Companhia: Teatro da Conspiração. Vou mostrar para as crianças quando elas chegarem da escola, caspitoleta!!!! ;)

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