Falando especificamente das atividades culturais, tenho dificuldade em encontrar algo que não seja teatro, contação de histórias, musical ou shows. O teatro e a música realmente dominam esse "campo". Gosto das duas coisas, mas acho que não precisamos ficar por aí. Foi, por isso, com especial atenção que li o e-mail que recebi do Itaú Cultural sobre uma exposição em cartaz até o próximo domingo, dia 11/11/2012, da Lygia Clark. Havia a possibilidade de agendar uma visita para a família conhecer a exposição com os guias da instituição. Com mais um detalhe: para crianças a partir de 3 anos. Perfeito! Dois destaques: exposição para crianças e ainda por cima até para as de 3 anos! Isso, definitivamente, não é comum.
Nem pestanejei. Liguei e agendei a nossa visita. Mas... o Pedro precisou viajar e tive que desmarcar. Mas... remarquei para o último sábado (03/11)! E lá fomos nós. Eu estava com uma boa expectativa e ela se confirmou! Foi uma experiência deliciosa que rendeu muitas indicações minhas para as mães dos coleguinhas das crianças. Espero mesmo que elas consigam ir nesse final de semana.
Chegamos às 11 horas e esperamos um pouquinho para o instituto abrir e os guias nos identificarem. Enquanto isso, aproveitamos para fazer um lanche - o que se revelou muito útil porque a visita demora 90 minutos e as crianças ficariam famintas bem no meio da visitação.
Só estávamos nós e uma outra família com uma criança. Os guias foram muito simpáticos desde o início, puxando papo com as crianças, atiçando a curiosidade delas para o que poderiam encontrar na exposição... O primeiro passo foi escrevermos nossos nomes nos crachás. O Dudu escreveu no dele, no do Pedro e no meu. A Mana escreveu o M e o Pedro completou o nome dela. Eu também pedi que ela fizesse uma bolinha rosa no meu para enfeitá-lo. Depois disso, seguimos para a primeira parte da exposição no piso térreo mesmo.
Achei muito bacana começar por ali porque as crianças já ficaram animadas com a atividade: colocaram sapatos com imãs e andaram numa superfície que ora atraía o sapato, ora o repelia! Os guias faziam questão de aguçar a percepção delas para essa variação. Elas deram dois nomes para esse espaço: Planeta Imã e Planeta Cola.
Depois, seguimos numa "nave espacial" (foto no Ipad) para o andar superior onde estão algumas peças da Lygia Clark que remetem mesmo à imagem de uma nave espacial. Lá, elas puderam mexer e remexer, quantas vezes quisessem, em várias peças! A Mana adorou!!! Ficou um tempão com uma peça explorando as suas "dobras". Enquanto isso, os guias iam conversando com ela sobre as características dessas peças. Já o Dudu, preferiu olhar os quadros. Na verdade, ele só sossegou e voltou a se concentrar na exposição quando conseguiu descobrir as posições do grid de largada do GP de Abu Dhabi do dia seguinte. A classificação foi justamente naquele horário. Então, ele se concentrou numa peça e conversou sobre ela com os guias, que registraram muita coisa em vídeo (com a nossa devida autorização, diga-se de passagem).
A visita com os guias terminou por aí, mas ainda havia muito a explorar! Aproveitamos logo para explorar a instalação neste mesmo andar. A Mana ficou com receio de entrar porque era muito escuro lá dentro, mas quando ela viu a empolgação do irmão na saída, não teve dúvidas: ia entrar comigo. Sim, porque o Dudu quis ir de novo. E de novo. E de novo. E se eu não dissesse que não era mais possível, desconfio que estaríamos lá até hoje.
Na sequência, fomos ao primeiro subsolo: há uma rede de elásticos utilizada pela artista que os visitantes podem manusear e ir "completando". As crianças adoraram e foram fazendo do jeito que elas sabiam e podiam. No andar abaixo elas exploraram as salas com projeções de imagens da rua, como se a gente estivesse andando ali, os óculos para duas pessoas, algumas peças de saco plástico com água e conchas dentro e até algumas máscaras. Lógico que a exposição é MUITO mais do isso. Estou só destacando algumas das partes que as minhas crianças mais gostaram. E elas gostaram muito! Foi com muito custo que as convencemos a sair. E confesso que eu também saí de lá com vontade de ter ficado mais tempo. Mas... tínhamos que ir!
Já no carro, estava colocando o cinto de segurança da Mana, quando ela me perguntou: "Mamãe, como foi que você descobriu esse lugar? É muito legal!". Ao que o Dudu completou: "Eu também gostei muito, mamãe!". Os dois sorriram. E o coração dessa mãe sorriu também.
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