segunda-feira, 20 de junho de 2011

Viva São João!

Eu tenho uma relação muito forte com festas juninas. Elas me trazem boas lembranças: barraquinhas de palha na escola, quadrilha ensaiada por vários dias, canjica, amendoim cozido (meu preferido disparado!!! mas tem que ser cozido!), papa de milho que a gente fazia em casa, forró, barracão da prefeitura para os shows... Ok. Fecha momento nostalgia.

Com meus filhos, posso reviver um pouquinho desse tempo, muito embora as coisas já estejam bem diferentes. Não só pelo tempo que passou, mas talvez também pela diferença natural das comemorações entre o nordeste e o sudeste. Bem, mas o que importa mesmo é o clima gostoso que, em qualquer lugar, se forma com a festa junina, sem esquecer dos pratos típicos e das músicas características. Eu adoro tudo do São João!

Já no fim da festa...
Sábado foi a festa junina da escola das crianças. O sol apareceu bonito e dispensou o excesso de casacos por cima das roupinhas típicas. Para o Dudu, como acontece sempre quando se fala em roupa para meninos, tudo simples. Calça jeans e camisa quadriculada. Para a Mana, como acontece sempre quando se fala em roupa para meninas, afemariajesuis!

Aliás, esse é um tema importante: o que estão fazendo com os vestidos de São João das meninas??? O povo acha que é só juntar meia dúzia de babados numa estampa qualquer berrante, colocar rendas, fitas, bandeirinhas (!), pipoca e milho (!!!) e o que mais vier à cabeça em quantidades generosas e sem critérios estéticos e estará pronta a roupa. Os supermercados têm essas heresias penduradas às pencas nos corredores. Gente... São João não é isso, não... Roupa caipira pode até ficar brega (como qualquer estilo de roupa corre o risco), mas não é a intenção.

A essência da roupa caipira está na idéia de roupa feita pela costureira de antigamente ou até pela própria mãe, que tinham como únicos recursos para enfeitar e deixar a roupa mais bonitinha uma renda, uma fita, um babadinho, uma manquinha... Sabe, detalhes?! Então... Com o passar do tempo, tudo isso foi sendo considerado brega, mas como efeito natural da moda. A intenção inicial não era ser brega.

Caipira e simples: quem disse
que não pode ser os dois?
É muito mais fácil e prático comprar um desses vestidos horrorosos expostos nos supermercados a preços populares, mas só pra quem pensa que vestido de festa junina precisa ser, digamos, daquele jeito. Não precisa. Eu aproveitei um vestido branco que a minha mãe deu para a Mana com fitinhas coloridas. Só acrescentei alguns lacinhos coloridos em volta. Para compor o visual e proteger a Maninha do frio, uma meia-calça grossa azul (que eu também já tinha). Eu amei!!!

Na hora da festa na escola, o Dudu ficou na sala para entrar com os amigos na apresentação e a Mana quis ficar comigo, mas quando os amigos começaram a entrar, eu percebi que ela queria ir junto. Então, entrei de mão dada com ela. Na roda para cantar e danças as músicas, o Dudu não quis mais fazer e a Mana deu um show: cantou tudo e dançou de um jeitinho que só ela sabe! O Pedro filmou tudo e ontem à noite pudemos assistir felizes esse momento registrado.

Bem, nem tudo são flores... Devo dizer que por volta do meio-dia, limite máximo para o sono da Manu, ela começou a chorar e gritar irritadiça. Não foi um choro e grito qualquer. Foi o maior choro e grito da história das festas juninas mundiais!!! Fomos para o carro e ela ficou chorando e gritando até se cansar - sim, porque tem horas que só entregando pra deus, viu?! Depois dormiu como um anjinho.

À tarde, ainda tivemos fôlego para ir à festa junina da escola em que temos pensado pôr o Dudu no ano que vem. Comemos linguiça até (é a nova paixão do Dudu - justo ele que nunca foi de comer coisas gordurosas) e gastamos rios de dinheiro em brinquedos que não valem o que custam, mas, enfim... De vez em quando, faz parte. Viva São João!

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